Dia de São Venceslau, Santo do dia 28 de setembro

O Dia de São Venceslau é celebrado no dia 28 de setembro. O santo que nos ensina com sua opção pelo Reino de Deus e de vida constante na luta para a santidade, é o príncipe Venceslau

Dia de São Venceslau santo do dia 28 de setembro

São Venceslau – Rei e Mártir

São Venceslau, a última barricada erguida pelo povo tchecoslovaco em torno de seu monumento, é rei e santo.

Durante seu reinado, sob pressão dos magiares, o país viu seu centro político se deslocar para o oeste, tornando o Ducado da Boêmia e sua capital Praga cada vez mais importantes.

São Venceslau, Duque da Boêmia, recebeu uma profunda educação cristã de sua avó, Santa Ludmila. Como monarca, ele era um defensor dos órfãos, das viúvas e dos pobres.

Ele muitas vezes carregava lenha à noite para os necessitados; assistia aos funerais dos pobres e libertava os que sofriam na prisão.

Ele tem um grande respeito pelo pastor. Ele semeou o trigo de seu mestre com as próprias mãos e espremeu as uvas para a Eucaristia. No inverno, ele visitava igrejas descalço, atravessava neve e gelo e deixava rastros de sangue. Seu irmão Boles’au, a conselho de sua mãe, decide matá-lo.

Em 28 de setembro de 929, Venceslau foi empalado com uma lança e morreu na porta da igreja. A sua sepultura está em Praga, a sua estátua está na praça com o seu nome, e foi aqui que aconteceu o episódio citado nos jornais.

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SÃO VENCESLAU, REI E MÁRTIR

Paul Claudel

Nem o golpe selvagem do pagão, nem o ódio dos heréticos,

Nem os traidores, os sábios, os políticos,

Nem os que arrebataram o globo dourado e a coroa tombada

Do limiar solene onde jaz o corpo assassinado,

Nem o povo órfão que o esquece, nada, ninguém jamais conseguirá

Arredar da porta do céu, Venceslau o Magnífico.

E nem separar da Igreja e da porta de Deus

O punho real que a ela se prende pela argola e pelo meio.

A mão enraizada do mártir, da qual pende todo o corpo

Dá testemunho da porta ao esparso rebanho;

Alguns a preço de ouro, outros pela rudesa do ferro,

Alguns por herança, outros por aliança possuíram suas terras.

Mas a Boêmia bebeu seu soberano,

Sua carne assinalou cada campo,

Seu sangue embebeu todo o solo,

Cada coração recebeu do rei semeado sua cor indelével.

Após a colheita de um dia, depois da obra servil e passageira,

Projeta-te sobre o escudo da Europa,

Testemunha ainda onde o centro da Europa e o nó de suas águas

Sobressai mais uma vez, desabrocha e vive, refloresce de novo e

mostra-te! ó mancha do sangue do Rei sobre a neve!

Resiste, tcheco obstinado! Não soltes nunca a porta, ó Venceslau!

Roga vertiginosamente no céu pelo deserto de trigo aqui na terra,

Com seus duros pequenos vales repentinos,

Seus amplos açudes adormecidos.

Pede por teu país que espera entre florestas.

Por teus homens ardilosos e ardentes, suas mulheres de olhos claros,

Pelo deserto imenso e fastidioso!

É tudo plano, mas só, no horizonte, o esguio campanário lembra

uma haste.

E, longe da linha sombria dos pinheiros,

Um açude, a hospedaria, três casas,

Onde começa, com uma cruz, a estrada para Deus;

De cada lado macieiras tristes prosseguindo, sem que se veja o fim.